Preconceitos e estereótipos – mulheres em foco.
De carona em fatos recentes (ação
de encoxadores, divulgação desastrosa de pesquisa do IPEA), borbulham os
preconceitos e estereótipos em relação a nós, mulheres. Sim, eles diminuíram
(um tantinho só), mas continuam sendo o sustentáculo da educação de muitas
famílias, o exemplo que os pais escolhem e praticam para que seus filhos sigam.
Não, isso não é um discurso feminista, é quase uma Ode à liberdade, à expressão
“Viva e deixe viver”. É tão trabalhoso assim questionar o que nos ensinam e o
nosso próprio discurso? Ou é somente uma forma mais cômoda de viver?
Lidamos com as várias formas de
preconceito e estereótipos ligados à realidade feminina:
- isso não é serviço de mulher – jura que eu não posso trocar pneu?
- existe mulher pra casar e mulher pra transar – talvez o mais tacanho dos preconceitos.
- qualquer mulher solteira (leia-se sem namorado), em sintomas de mau humor, tristeza ou afim, é por falta de homem – esse é de vomitar!
- a roupa que uma mulher veste faz dela santa ou vagabunda
- se a mulher é simpática no primeiro encontro, ela está dando trela – certamente quer fazer sexo com o cidadão para o qual ela está sorrindo.
- não existe amizade entre homem e mulher.
- mulher tem de ser mãe.
Muitas das estranhas teorias
milenares ligadas à mulher passam pela sua sexualidade, pela sua vida íntima. É
assim: mulheres, temos aqui X estereótipos. Com certeza você se encaixa perfeitamente
em um deles. Caso contrário, você não existe, não é um ser classificado
socialmente. Será que os crentes e praticantes dessas teorias (talvez, sim,
muitos de nós) lembram-se de que as pessoas, homens ou mulheres, são seres
únicos, cada qual com suas preferências, sua personalidade, seus desejos? Que
as aparências são aparências e só? Julgar é muito fácil, muito prático.
Questionar: verbo lindo!
Questionar é abrir a porta da liberdade de expressão, de pensamento. Por que
devemos viver com base em moldes? Por que devemos aceitar que somos um exército
de criaturas que pensa e age igualzinho?
Que sempre existam perguntas! Que
sempre haja mudança!
Que a minha individualidade
feminina não tire o seu sono!
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